Começando do zero!
- Carlos Corrêa
- 10 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
Nossas primeiras impressões e discussões como um grupo: afinal, onde esperamos chegar com esse projeto? Qual problemática contemporânea nos interessa?
Durante a primeira semana de trabalho podemos discutir nossos desejos e intenções para o semestre de 2016.1, buscando achar dentro do grupo uma unidade e um direcionador. Em nossas conversas ficou evidente a preocupação com a criação de uma habitação em série que conseguisse fugir do senso comum e dos estigmas criados sobre as mesmas. Para isso nos buscamos planejar espaços que permitam a individualidade dessas habitações, ainda que as mesmas sejam produzidas em larga escala. Além disso, busca-se um espaço de qualidade construtiva e estética que comumente é negado a produção em massa (principalmente a de baixa renda), que procuraremos atingir através da busca de diferentes materiais ou técnicas construtivas que possam baratear os custos de construção, trazendo qualidade a um preço acessível.
Outro ponto importante de discussão foi a relação da proposição habitacional com o ambiente, com o entorno e com o mundo atual. É indispensável que pensemos na forma de viver do homem moderno, suas relações comunitárias cada vez mais enfraquecidas além de sua preocupação com o seu próprio impacto ambiental. Por isso buscamos através desse projeto criar uma unidade que incentive o convívio humano, tanto dos próprios moradores quando com os moradores do entorno, criando uma nova microcentralidade em algum local em desenvolvimento, buscando não superlotar os já complicados centros urbanos da ilha de Florianópolis. As preocupações ecológicas da proposição são focadas nas edificações de baixo impacto construtivo, que sejam sustentáveis não apenas om relação a energia, mas que incitem a sustentabilidade como o modo de vida da atualidade.
Para tentar esquematizar nossos planos para essa habitação foram escolhidas três palavras norteadoras:
- Dignidade: qualificar espaços que se destinem aos que mais precisam dessas melhorias, pessoas cujo acesso tenha sido privado ou excluído por alguma circunstância.
- "autossuficiência": buscar a criação de novas centralidades, visando reduzir a necessidade de serviços a longas distâncias, melhorar a acessibilidade da zona escolhida. o conceito também traduz expectativas ecológicas, com técnicas de construção e manutenção que minimizem gastos e dejetos, sendo isso repassado a vivência da moradia, reduzindo a dependência de alguns equipamentos como condicionadores de ar.
- versatildade: projetar espaços que possibilitem a transformação ao longo do tempo, visando as futuras necessidades dos moradores, possíveis ampliações e instalação de equipamentos. É necessário que essa construção seja entendida como uma obra contínua, sendo que famílias que adquiram o espaço viverão lá por um longo período de tempo e, neste período, esperamos que tenham liberdade de intervir no espaço, criando sua própria identidade.
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