“O Morar na experiência do outro…”
- Maísa Jordão
- 14 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
“E se você tentasse se colocar no lugar dele? E se você pudesse olhar o mundo através dos olhos deles?”
A empatia, capacidade de compreender e se colocar no lugar dos outros, tem sido colocada de lado nas últimas décadas, enquanto nos focamos no hiper individualismo e na corrida consumista para nos servir do que quer que seja a custo dos outros. A partir disso e da necessidade de resgatar esse sentimento, em 2015 surgiu o primeiro espaço de artes experimentais dedicado a ajudar as pessoas a olhar o mundo através dos olhos de outros - o Museu da Empatia, em Londres.
Através da experiência de andar com os sapatos de outra pessoa e ao mesmo tempo ouvir a historia de vida dela, os idealizadores desse projeto exploraram como a empatia pode transformar as relações pessoais e também ajudar a enfrentar os desafios globais, tais como o preconceito, conflitos e desigualdade.

Inspirados pelo Museu da Empatia e buscando realizar uma experimentação desse sentimento na disciplina de Projeto Arquitetônico IV, os alunos dividiram-se primeiramente em duplas, buscando-se escolher uma dupla que nunca tivesse tido muito contato, para conversar sobre o que era o morar para o outro. A segunda etapa consistiu na redistribuição do grupo em dois grandes grupos que posteriormente discutiram e sintetizaram o que era o morar na experiencia do outro. Na síntese desse morar, foi possível perceber que características como boa iluminação, proximidade de serviços, identificação e apropriação do espaço foram citadas por grande parte dos estudantes.
Ainda como continuação desse processo, novos grupos surgiram e o passo seguinte foi a discussão e a busca de referenciais de projetos de habitações sociais que o grupo considerava qualificadas e que apresentassem algumas características da discussão sobre o morar.
O próximo passo realizado nesse processo foi o “Laboratório: Atelie com empatia”, no qual recebeu-se estudantes da Engenharia Civil que juntamente aos estudantes de Arquitetura debateram e refletiram a questão da moradia e da habitação social - primeiramente divididos nesses novos grupos e posteriormente com um café e uma roda circular - expondo uma nova síntese sobre o morar, através do processo de empatia ao tentar compreender o que significava esse conceito para outras pessoas.
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